O conforto oferecido por uma prótese de membro superior é muitas vezes medido pela capacidade do equipamento em se adaptar à rotina do seu usuário. Com o avanço tecnológico, a tendência é de existirem cada vez mais próteses inteligentes.
Essa inteligência artificial é resultado de um intenso trabalho de identificação de padrões, que permite a otimização de movimentos por meio de contrações musculares específicas.
Em se tratando de uma tecnologia de tamanha complexidade, optamos por explicar mais profundamente como funciona esse processo de adaptabilidade de próteses de membro superior.
Um dos mais atuais conceitos tecnológicos dos últimos anos é conhecido como Machine Learning. Isto é, em tradução livre, aprendizado da máquina.
Esse conceito, basicamente, trata da capacidade de máquinas aprenderem a partir de dados observados por elas mesmas ou por outros equipamentos.
Essa tecnologia é cada vez mais presente na rotina das pessoas por todo o mundo, deixando, a passos largos, de ser apenas um item exclusivo de laboratórios de pesquisa.
Levando em consideração tudo que foi dito, essa tecnologia é essencial para uma maior adaptabilidade das próteses Ottobock. Um exemplo disso é a Myo Plus, que conta com esse tipo de inteligência artificial.
Alcançar uma garrafa e encher um copo de água é uma ação completamente comum para a maioria de nós. Mas não para alguém após uma amputação de braço.
No passado, a maioria dos usuários de próteses tinha que usar “co-contrações” específicas – breves contrações simultâneas de dois grupos musculares – que são alternadas manualmente entre funções individuais da prótese.
Com Myo Plus, o primeiro dispositivo de controle de próteses da Europa com reconhecimento de padrões, agora isso mudou.
“Quando uma pessoa pensa em um certo movimento ou aperto da mão, o cérebro envia sinais correspondentes para os músculos. Os músculos então realizam o movimento ou firmeza. Após uma amputação, a mão e sua função ainda são mapeadas no cérebro. Os amputados ainda podem imaginar o movimento da mão e com isso os sinais ainda são enviados também, mas falta o órgão correspondente para executar o comando. O dispositivo Myo Plus faz essa leitura. O reconhecimento utiliza oito eletrodos para medir os sinais recebidos no antebraço e reconhece padrões característicos de movimentos individuais”, explica o Dr. Thomas Fuchsberger, chefe do Departamento de Cirurgia Plástica, Reconstrutiva e Estética e Cirurgia da Clínica TRaunstein, que desenvolveu junto à Ottobock e à Universidade de Tübingen, na Alemanha, os primeiros testes do sistema.
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Oito eletrodos no dispositivo de controle de prótese medem os padrões de movimento dos
músculos no antebraço residual e os atribuem a certos movimentos ou ações da mão. Amarrar cadarços ou girar uma maçaneta, por exemplo.
Quando o paciente procura uma garrafa de água, o dispositivo de controle da prótese Myo Plus reconhece o padrão de movimento associado e dá à prótese o comando para realizar a respectiva aderência ou rotação. Isso é feito automaticamente.
Tudo isso inverte valores que há muito eram conhecidos pelos usuários de prótese. Agora, ao invés do usuário aprender como a sua prótese funciona, a prótese é que acaba aprendendo com os hábitos do usuário.
A indústria alemã Ottobock é líder mundial há 100 anos quando tratamos de alta tecnologia para próteses e órteses. No Brasil, possui clínicas referência em reabilitação de amputados em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Curitiba.
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